Amor-Próprio em Primeira Pessoa: Como Parei de Mendigar Validação e Comecei a Me Respeitar de Verdade

Sabe aquele momento em que você se olha no espelho e pensa:
“Por que caralh*s eu não sou suficiente?”

Eu já estive lá. Correndo atrás de aprovação em todo lugar: do chefe, do crush, dos amigos, até da atendente do mercado. Se alguém me desse um “você é foda”, eu inflava. Se não, me sentia um zero.

A virada veio num dia qualquer, depois de um término ridículo onde ouvi que eu “não era o tipo certo”. Foi como se tivesse levado um soco no estômago. Mas, no fundo, o problema não era a rejeição — era eu ter terceirizado meu valor. Ali percebi: amor-próprio não vem quando o outro te escolhe, mas quando você se escolhe primeiro.

E não, não foi estilo cena de filme da Netflix, com trilha sonora inspiradora. Foi bagunçado, desconfortável, mas libertador. Amor-próprio não é selfie com frase motivacional. É encarar suas merdas internas e decidir parar de aceitar migalhas.


Sinais de Que Eu Estava Longe do Amor-Próprio (e Talvez Você Também)

Antes de me escolher, eu era mestre em me sabotar. Aqui estão alguns sinais que gritavam: “irmão, tá na hora de mudar o jogo”:

  • Busca insaciável por validação externa → Eu precisava que os outros me aprovassem pra me sentir alguém. Sem isso, eu era invisível pra mim mesmo.
  • Comparação sem fim → Olhava ao redor e pensava: “Por que não tenho a vida desse cara? O corpo dele? O dinheiro dele?” Spoiler: esse jogo não tem vencedor.
  • Medo de ficar sozinho → Eu preenchia cada minuto com gente, rolê, barulho — tudo pra não ter que encarar meus próprios pensamentos.
  • Autocrítica destrutiva → Minha mente era meu pior inimigo: “Você não é bom o suficiente, nunca vai ser.” Cada erro virava prova de fracasso.

O fundo do poço foi quando percebi que tava deixando estranhos, dates ou colegas decidirem meu valor. Isso não é vida, é prisão.


Como Comecei a Construir Amor-Próprio (Sem Papo de Coach)

Amor-próprio não é destino final. Não é acordar um dia se achando o The Rock. É processo. Tijolo por tijolo.

Aqui estão algumas coisas que funcionaram pra mim:

  • Parei de me comparar → Dei um tempo das redes sociais. Foquei em coisas que me fazem sentir vivo: treino, música, escrever, cozinhar. Perguntei: “O que eu faria mesmo sem ninguém assistindo?” E comecei a fazer.
  • Mudei meu diálogo interno → Antes, cada erro era “você é um fracasso”. Troquei o script: “Ok, errou, mas você tá tentando. Continua.” Parece simples, mas é virar aliado de si mesmo.
  • Defini limites claros → Cansei de dizer “sim” pra tudo só pra agradar. Aprendi a recusar convites, projetos e pessoas que não somavam. Dizer “não” é proteger meu tempo — e isso é respeito próprio.
  • Busquei conhecimento real → Um livro que me marcou foi Attached: The New Science of Adult Attachment, de Amir Levine e Rachel Heller. Ele mostra como criar segurança interna e parar de depender da aprovação do outro pra se sentir completo. (Coloquei link afiliado aqui, porque transparência é jogo limpo).

O Plot Twist Que Mudou Tudo

Amor-próprio não é perfeição. É se colocar em primeiro lugar mesmo quando o mundo grita que você precisa de alguém pra ser inteiro.
Eu comecei a me respeitar quando percebi que meu valor não depende de um like, de um date ou de um “parabéns, cara”.

É trabalho diário, mas cada passo é libertador.

Quer um começo simples? Escolha uma das dicas acima e aplique por uma semana. Depois me conta nos comentários:

  • Qual sinal de falta de amor-próprio te pegou mais?
  • Ou o que você já faz hoje pra se colocar em primeiro?

E se quiser mergulhar mais fundo, recomendo o Attached. É praticamente um mapa pra construir relações seguras — com os outros e, principalmente, com você mesmo.

Bora parar de mendigar validação e começar a se escolher de verdade?

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